sexta-feira, 25 de abril de 2008

As Portas Que Abril Abriu

Era uma vez um país
onde entre o mar e a guerra
vivia o mais infeliz
dos povos à beira-terra.

Onde entre vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias clarasum povo se debruçava
como um vime de tristezasobre um rio onde mirava
a sua própria pobreza.

Era uma vez um país
onde o pão era contado
onde quem tinha a raiz
tinha o fruto arrecadado
onde quem tinha o dinheiro
tinha o operário algemado
onde suava o ceifeiro
que dormia com o gado
onde tossia o mineiro
em Aljustrel ajustado
onde morria primeiro
quem nascia desgraçado.

Era uma vez um país
de tal maneira explorado
pelos consórcios fabris
pelo mando acumulado
pelas ideias nazis
pelos dinheiro estragado
pelo dobrar da cerviz
pelo trabalho amarrado
que até hoje já se diz
que nos tempos do passado
se chamava esse país
Portugal suicidado.

Ali nas vinhas sobre
dos vales
socalcos
searas
serras
atalhos
veredas
lezírias e praias claras
vivia um povo tão pobre
que partia para a guerra
para encher quem estava podre
de comer a sua terra.

Um povo que era levado
para Angola nos porões
um povo que era tratado
como a arma dos patrões
um povo que era obrigado
a matar por suas mãos
sem saber que um bom soldado
nunca fere os seus irmãos.

Ora passou-se porém
que dentro de um povo escravo
alguém que lhe queria bem
um dia plantou um cravo.
Era a semente da esperança
feita de força e vontade
era ainda uma criança
mas já era a liberdade.

Era já uma promessa
era a força da razão
do coração à cabeçada cabeça ao coração.

Quem o fez era soldado
homem novo
capitão
mas também tinha a seu lado
muitos homens na prisão.
Esses que tinham lutadoa defender um irmão
esses que tinham passado
o horror da solidão
esses que tinham jurado
sobre uma côdea de pão
ver o povo libertado
do terror da opressão.

Não tinham armas é certo
mas tinham toda a razão
quando um homem morre perto
tem de haver distanciação
uma pistola guardadanas dobras da sua opção
uma bala disparada
contra a sua própria mão
e uma força perseguida
que na escolha do mais forte
faz com que a força da vida
seja maior do que a morte.

Quem o fez era soldado
homem novo capitão
mas também tinha a seu lado
muitos homens na prisão.
Posta a semente do cravo
começou a floração
do capitão ao soldado
do soldado ao capitão.

Foi então que o povo armado
percebeu qual a razão
porque o povo despojado
lhe punha as armas na mão.
Pois também ele humilhado
em sua própria grandeza
era soldado forçado
contra a pátria portuguesa.

Era preso e exilado
e no seu próprio país
muitas vezes estrangulado
pelos generais senis.
Capitão que não comanda
não pode ficar calado
é o povo que lhe manda
ser capitão revoltado
é o povo que lhe diz
que não ceda e não hesite
- pode nascer um país
do ventre duma chaimite.
Porque a força bem empregue
contra a posição contrária
nunca oprime nem persegue
- é força revolucionária!

Foi então que Abril abriu
as portas da claridade
e a nossa gente invadiu
a sua própria cidade.
Disse a primeira palavra
na madrugada serena
um poeta que cantava
o povo é quem mais ordena.

E então por vinhas sobredos
vales socalcos searasserras atalhos veredas
lezírias e praias claras
desceram homens sem medo
marujos soldados "páras"que não queriam o degredo
dum povo que se separa.

E chegaram à cidade
onde os monstros se acoitavam
era a hora da verdade
para as hienas que mandavama hora da claridade
para os sóis que despontavame a hora da vontade
para os homens que lutavam.
Em idas vindas esperas
encontros esquinas e praças
não se pouparam as feras
arrancaram-se as mordaça
se o povo saiu à rua
com sete pedras na mão
e uma pedra de lua
no lugar do coração.
Dizia soldado amigo
meu camarada e irmão
este povo está contigo
nascemos do mesmo chão
trazemos a mesma chama
temos a mesma ração
dormimos na mesma cama
comendo do mesmo pão.

Camarada e meu amigo
soldadinho ou capitão
este povo está contigo
a malta dá-te razão.
Foi esta força sem tiros
de antes quebrar que torcer
esta ausência de suspiros
esta fúria de viver
este mar de vozes livres
sempre a crescer
a crescer
que das espingardas fez livros
para aprendermos a ler
que dos canhões fez enchadas
para lavrarmos a terra
e das balas disparadas
apenas o fim da guerra.

Foi esta força viril
de antes quebrar que torcer
que em vinte e cinco de Abril
fez Portugal renascer.
E em Lisboa
capital
dos novos mestres de Aviz
o povo de Portugal
deu o poder a quem quis.

Mesmo que tenha passado
às vezes por mãos estranhas
o poder que ali foi dado
saiu das nossas entranhas.
Saiu das vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
onde um povo se curvava

como um vime de tristeza
sobre um rio onde mirava
a sua própria pobreza.
E se esse poder um dia
o quiser roubar alguém
não fica na burguesia
volta à barriga da mãe.
Volta à barriga da terra
que em boa hora o pariu
agora ninguém mais cerra
as portas que Abril abriu.
Essas portas que em Caxias
se escancararam de vez
essas janelas vazias
que se encheram outra vez
e essas celas tão frias
tão cheias de sordidez
que espreitavam como espias
todo o povo português.
Agora que já floriu
a esperança na nossa terra
as portas que Abril abriu
nunca mais ninguém as cerra.
Contra tudo o que era velho
levantado como um punho
em Maio surgiu vermelho
o cravo do mês de Junho.

Quando o povo desfilou
nas ruas em procissão
de novo se processou
a própria revolução.
Mas eram olhos as balas
abraços punhais e lanças
enamoradas as alas
dos soldados e crianças.
E o grito que foi ouvido
tantas vezes repetido
dizia que o povo unido
jamais seria vencido.

Contra tudo o que era velho
levantado como um punho
em Maio surgiu vermelho
o cravo do mês de Junho.
E então operários
mineiros
pescadores e ganhões
marçanos e carpinteiros
empregados dos balcões
mulheres a dias pedreiros
reformados sem pensões
dactilógrafos carteiros
e outras muitas profissões
souberam que o seu dinheiro
era presa dos patrões.

A seu lado também estavam
jornalistas que escreviam
actores que se desdobravam
cientistas que aprendiam
poetas que estrebuchavam
cantores que não se vendiam
mas enquanto estes lutavam
é certo que não sentiam
a fome com que apertavam
os cintos dos que os ouviam.

Porém cantar é ternura
escrever constrói liberdade
e não há coisa mais pura
do que dizer a verdade.

E uns e outros irmanados
na mesma luta de ideais
ambos sectores explorados
ficaram partes iguais.
Entanto não descansavam
entre pragas e perjúrios
agulhas que se espetavam
silêncios boatos murmúrios
risinhos que se calavam
palácios contra tugúrios
fortunas que levantavam
promessas de maus augúrios
os que em vida se enterravam
por serem falsos e espúrios
maiorais da minoria
que diziam silenciosa
e que em silêncio fazia
a coisa mais horrorosa:minar como um sinapismo
e com ordenados régioso alvor do socialismo
e o fim dos privilégios.
Foi então se bem vos lembro
que sucedeu a vindima
quando pisámos Setembro
a verdade veio acima.E foi um mosto tão forte
que sabia tanto a Abril
que nem o medo da morte
nos fez voltar ao redil.

Ali ficámos ao péjuntos
soldados e povo
para mostrarmos como é
que se faz um país novo.
Ali dissemos não passa!
E a reacção não passou.
Quem já viveu a desgraçao
deia a quem desgraçou.
Foi a força do Outono
mais forte que a Primavera
que trouxe os homens sem dono
de que o povo estava à espera.
Foi a força dos mineiros
pescadores e ganhões
operários e carpinteiros
empregados de balcões
mulheres a dias pedreiros
reformados sem pensões
dactilógrafos carteiros
e outras muitas profissões
que deu o poder cimeiro
a quem não queria patrões.

Desde esse dia em que todos
nós repartimos o pão
é que acabaram os bodos
- cumpriu-se a revolução.

Porém em quintas vivendas
palácios e palacetes
os generais com prebendas
caciques e cacetetesos que montavam cavalos
para caçarem veadosos que davam dois estalos
na cara dos empregados
os que tinham bons amigos
no consórcio dos sabões
e coçavam os umbigos
como quem coça os galões
os generais subalternos
que aceitavam os patrõesos generais inimigosos
generais garanhõesteciam teias de aranha
e eram mais camaleões
que a lombriga que se amanha
com os próprios cagalhões.
Com generais desta apanha
já não há revoluções.
Por isso o onze de Março
foi um baile de Tartufos
uma alternância de terços
entre ricaços e bufos.
E tivemos de pagar
com o sangue de um soldado
o preço de já não estar
Portugal suicidado.

Fugiram como cobardese para terras de Espanha
os que faziam alardes
dos combates em campanha.
E aqui ficaram de pé
capitães de pedra e calos homens que na Guiné
aprenderam Portugal.Os tais homens que sentiram
que um animal racional
opõe àqueles que o firam
consciência nacional.

Os tais homens que souberam
fazer a revoluçãoporque na guerra entenderam
o que era a libertação.

Os que viram claramente
e com os cinco sentidos
morrer tanta
tanta genteque todos ficaram vivos.

Os tais homens feitos de aço
temperado com a tristeza
que envolveram num abraço
toda a história portuguesa.
Essa história tão bonitae depois tão maltratada
por quem herdou a desdita
da história colonizada.

Dai ao povo o que é do povo
pois o mar não tem patrões.
- Não havia estado novo
nos poemas de Camões!
Havia sim a lonjura
e uma vela desfraldada
para levar a ternura
à distância imaginada.

Foi este lado da história
que os capitães descobriram
que ficará na memóriadas naus que de Abril partiram
das naves que transportaram
o nosso abraço profundo
aos povos que agora deram
novos países ao mundo.
Por saberem como é
ficaram de pedra e cal
capitães que na Guiné
descobriram Portugal.
E em sua pátria fizeram
o que deviam fazer:ao seu povo devolveram
o que o povo tinha a haver:
Bancos seguros petróleos
que ficarão a renderao invés dos monopólios
para o trabalho crescer.
Guindastes portos navios
e outras coisas para erguer
ante
nas centrais e fios
dum país que vai nascer.
Mesmo que seja com frio
é preciso é aquecer
pensar que somos um rio
que vai dar onde quiser
pensar que somos um mar
que nunca mais tem fronteiras
e havemos de navegar
de muitíssimas maneiras.
No Minho com pés de linho
no Alentejo com pão
no Ribatejo com vinho
na Beira com requeijão
e trocando agora as voltas
ao vira da produção
no Alentejo bolotas
no Algarve maça
pão
vindimas no Alto Douro
tomates em Azeitão
azeite da cor do ouro
que é verde ao pé do Fundão
e fica amarelo puronos campos do Baleizão.
Quando a terra for do povo
o povo deita-lhe a mão!

(...)
De tudo o que Abril abriu
ainda pouco se disse
e só nos faltava agora
que este Abril não se cumprisse.
Só nos faltava que os cães
viessem ferrar o dente
na carne dos capitães
que se arriscaram na frente.
Na frente de todos nós
povo soberano e total
que ao mesmo tempo é a voz
e o braço de Portugal.

Ouvi banqueiros fascistas
agiotas do lazer
latifundiários machistas
balofos verbos de encher
e outras coisas em listas
que não cabe dizer aqui
que aos capitães progressistas
o povo deu o poder!
E se esse poder um dia
o quiser roubar alguém
não fica na burguesia
volta à barriga da mãe!
Volta à barriga da terra
que em boa hora o pariu
agora ninguém mais cerra
as portas que Abril abriu!

José Carlos Ary dos Santos

domingo, 20 de abril de 2008

Dedo na ferida

23 horas do dia 20 de Abril de 2008
tentei não faze-lo, tentei perceber o envolvente tentei dar a outra face, tentei ignorar... Mas os meus principios não deixam... Acabo de colocar o dedo na ferida, de me colocar num ponto sem retorno...Depois do que escrevi e enviei a um gajo qu eme estava a chatear um bocado sei que volto de novo ao recreio...Minha vontade e posição serão testadas duas mãos tentarão puxar meu tapete...

Mas touhabituado a cair...Mas não conseguiria deixar de gritar e de me queixar...coloquei o meu dedo na ferida e aguardo a resposta...Já encontrei gente assim antes já me bati com gente assim antes...

Sei o que me espera...vai doer? Vai! vai ser dificil? Muito!
Se a dimensão crescer exponencialmente poderei ter de voar noutros ceus ser servo de outros deuses...Mas os fracos só são fracos porque deixam que os fortes o sejam...e não admito a palhaço nenhum que diga uma coisa e depois outra e depois outra...O meu instinto alertou-me a sua atitude confirmou, e agora? Bom agora pode ser que o palhaço se toque ou pode ser que a guerra comece...De qualquer forma nada mais será igual....

Ontem no recreio hoje amanhã no mundo dos homens grandes...O anão volta a não resistir...
O anão que sou não consegue ficar queto...e estrofa o peito com seus principios...

Estarei eu preparado para este jogo de homens grandes? Não! Mas eu não vim pa jogar apenas não podia dormir quando vejo meu calo e dos meus pisado. O dedo ta na ferida a dança vai começar... :(

sábado, 19 de abril de 2008

Quem é arcanjo?

Quem é o arcanjo? Se fosse eu a falar de mim eu seria suspeito...Mas se procurar um padrão do que já disseram de mim e o avaliar com a propria imagem q tenho de mim eu sou todos estes adjectivos:

-Indejado;
-Inconformado;
-Inconveniente;
-Insatisfeito;
-Rude;
-Mal educado;
-Filosofo;
-Prefeccionista;
-Forte;
-Carismatico;
-Dispensavel;
-Solitario;
-Fiel;
-Misterioso;
-Romantico;
-Carnal;
-Protector;
-Idealista;
-Apaixonado;
-Trabalhador;
-Louco;
-Estupido;

Mas a alguém que muitas vezes gosta de me dar adjectivos...Fique sabendo que ainda sou outra coisa:

Sou alguém que lhe quer bem!E isso é de todas as classificações de mim no nosso tempo a que mais importa.

Saudações
Arcanjo

O meu maior pecado

Falava no final do dia sobre o assunto com um amigo...E reencontrar uma das mulheres mais lindas que existe e que um dia foi a minha outra metade...A vespera de aniversario do meu primo irmão...
Tudo isso faz me retornar a pensar na frase que uso para dizer qual é de longe o meu maior pecado...O meu maior pecado é sem duvida viver a vida na maior parte do tempo com o lema:

"Não tenho nada a perder!"

Na realidade acredito que a unica coisa que tenho a perder na vida é para propria vida...E esse é um combate no qual não poderei lutar...Assim o meu lema é lutar...dizer...pegar...fazer...Tudo aquilo que o lado esquerdo do meu peito ordena, mas do meu jeito com o meu tempo...Seguindo os meus principios....
É este o maior pecado porque por vezes magoa sem eu querer, é este o maior pecado porque por vezes não respeito o lema...
Mas os pecados acima de tudo são o que os outros lhe chamam e por vezes a paz com que durmo vem do lema em que me escrevo...Assim o meu maior pecado é ser eu mesmo, ser feliz e dormir em paz....

E é por este lema que por vezes digo "morram de inveja cabrões não quero sabver do que dizem quero saber de que sou feliz"....E é por este lema que eu sou quem sou e quem sou eu...

ontem....

Ontem contamos que se ha já 4 anos passados...Ontem um bom amigo voltou a lisboa bom rever este irmão de armas o tipo com quem partilhei os recreios...
Supreendentemente quando terminava o treino e achava que ia vir dormir arrastam me para festa de boas vindas...

Eramos os donos do recreio...A dupla de protectores que se recordavam nos jantares de amigos... o regresso foi marcado pelo reencontro de gente, pelo contar de espingardas...mas quem é cada um dos elementos do gang que hoje é apenas uma roda de amigos que se telefona e encontra num lugar qualquer...Mas cujos ideais e a força continuam gravados no mais profundo interior...

Uma noite repleta de estrelas, vencedores das suas proprias quimeras alguns já pais de filhos outros donos de casa...O incrivel é que no limiar dos 30 continuamos a acreditar e a provar que fazemos a diferença...

Musica, Tinha de haver musica...a dona dos pratos é mais um rosto do passado talvez das primeiras dj’s que a tuga viu a minha doce amiga Joana...Outro rosto que trocou o guetto por outro lugar... a viajante como lhe chamo pois que o seu ano nos ultimos anos se passa entre o porto, berlim, nova york e sampa...
Entro na cabine e saudo com uma venea e um beijo na mão mal trocamos palavras e volto até ao bar...
é incrivel como evoluiste miuda...ou será por nos conheceres a todos sabes o que colocar, mas até os desconhecidos te acham fabulosa...só não sei se pelo som porque se eu já aprendi a ver a musica e não a mulher dificilmente outros saberão...continuas linda é um facto...

O olhar castanho penetrante o cabelo louro apanhado o pescoço de deusa grega, a silhueta de affroditte o generoso decote para onde não quero olhar pois não quero lembrar que esconde o que de mais bem desenhado pode existir...

A noite passa por vezes isolo me a ver estes rostos todos...e a lembrar quem fui quem sou quem foram e o que são...por pouco tempo porque sempre alguem me vem buscar e arrastar para a confusão...Amanhã cada um regressara ao seu tempo...Ontem todos encontramos o nosso...

2h da manhã de cima dos meus derbies caminho até à cabine...e uma frase “keepit loud dj...Joana da me 5 vou embora ” a voz rouca e sensual pergunta:
“já?ohhhh fica mais um pouco.Todos tem saudades tuas é verdade que o preto bonito emigrou mas tb tu tens sido um emigrado presente ahahahaha”...baixo a cabeça
”Da-me um beijo vou mesmo embora”...
”Teimoso como sempre chato pá! Ok mas antes deves me uma dança não chove mas quero na mesma espera” a dj faz uma passagem e algum mix e em menos de nada o ambiente é outro a musica mudou o tempo voltou atrás...leva me até à pista e agora vejo o quanto está linda nem eu me apercebera o mini kimono japones e o corsario a forma perfeita da mulher e o cheiro afinal ainda lembrava o teu cheiro...A cada passo percebo que nossos corpos ainda se lembram nosso tacto ainda se conhece...num gesto subtil soltas o cabelo e aproximas teus labios de mim e susurras
“então principe como estás?” não respondo...se tivesse o cap a pera e aquele aspecto de gigolo dos anos 90 e tu me beijasses então estariamos em 98 mas tudo muda não sou o dono da mulher mais linda da festa mas tenho certezas que nunca tive antes :D...
E com o meu não responder sussurras de novo
”Engraçado habituei me tanto a ouvir se tou contigo so posso estar bem que julgava que achava q o dirias agora...agente so percebe que não és de todas como pensamos quando deixas de ser nosso...”
Este é um fenomeno que um dia heide perceber porque raio quase sempre pensam isto...uma coisa é certa todos nós estavamos sempre junto dividiamos chapeus calças e campos de batalha hoje partilhamos a amizade que vence :D

Bem vindo de volta Elson continuas linda Joana aos dois vemo nos por ai ;)

terça-feira, 15 de abril de 2008

Quem sou, quem és

"Minha culpa

Sei lá! Sei lá! Eu sei lá bem
Quem sou? Um fogo-fátuo, uma miragem...
Sou um reflexo... um canto de paisagem
Ou apenas cenário! Um vaivém

Como a sorte: hoje aqui, depois além!
Sei lá quem sou? Sei lá! Sou a roupagem
De um doido que partiu numa romagem
E nunca mais voltou! Eu sei lá quem!...

Sou um verme que um dia quis ser astro...
Uma estátua truncada de alabastro..
Uma chaga sangrenta do Senhor...

Sei lá quem sou?! Sei lá!
Cumprindo os fados,Num mundo de maldades e pecados,
Sou mais um mau, sou mais um pecador...

Florbela Espanca"

Hoje lembrei-me e tive de o procurar...a questão é: E eu quem sou? E tu que lês quem és?

segunda-feira, 14 de abril de 2008

nascimento de dentro para fora



Ha a sabedoria do tempo que passou e a humildade da pequenês que se tem..mas a vontade de ter a força da raiz, renascendo.


É verdade ha algo dentro de mim, algo que esquecerá ou não quis lembrar...Algo que está se a tornar mais claro e evidente...algo que não sei o que é...Algo em mim me está a levar a renascer...


Hoje foi o segundo round de combate em mim...hoje bati-me por cada pinga de suor...durante 2 horas e meia só parei para ouvir quem queria ouvir...Fora esse momento lutei por cada gota de suor...No tapete laranja descobri que realmente algo renasceu em mim...A força que vive aqui renasceu mais forte a força que criou o nome a força onde ele vive...


O que sou? sou essa arvore pequena que não ambiciona ser maior mas que traz a sabedoria e tem a arte...será que chegou a altura de ganhar raiz e envelhecer? Não é apenas tempo de sorrir pois tenho em mim a vitoria de estar a voltar a mim mesmo!

domingo, 13 de abril de 2008

Anotações

"percorro o meu tempo...com o tempo que se define em mim, o meu tempo não é mais que o tempo onde deixo que me vejas!"
12/abril/0h/lisboa/Arcanjo

sexta-feira, 11 de abril de 2008

encontrando o Arcanjo

Chega com seu saco pesado toca na porta...Do outro lado um olhar enfusivo exclama enquanto lhe salta nos braços..."Voltaste! porra à meses que não vens cá...pessoal o desaparecido voltou!"

Na janela que dá para o seu tapete caras jovens olham com inveja e curiosidade...como quem se pergunta: Quem é este homem que chega e faz a loira mais cobiçada e contida deste espaço de templo onde todos os deuses a desejam, gritar...(porque raio gritas é só um filho que regressa à sua casa)

Deixada os gritos histericos nas suas costas, sobe pé ante pé a escada que tão bem o conhece...Afinal ela nasceu depois da sua queda como estrela...no topo da escada por coincidencia escuta o seu hino e sorri como quem diz "parece que me adivinham"..olha para o lado e ve a sua passadeira o seu remo...O remo ainda existe...segue para o balneario de cacifros masculino abre a porta entra e fecha-a ao fundo um rosto conhecido o seu proprio rosto num espelho...Pousa o saco tira o fato...depois de vestido fecha os olhos ouve as suas proprias palavras...procura as suas filosofias respira fundo e segue para o terreno de combate onde enfrenta a sua pequenes...

recebido em abraços em sorrisos pelos novos donos do tapete que um dia foi seu...continua a sentir sobre si as caras novas que perguntam quem é o desconhecido que parece fazer parte da casa...Os professores vem até ele chamar-lhe de mestre os ilustres vem até ele para lhe falar...Todos querem saber deste homem todos querem perceber onde o perderam...Todos esperam aventuras que não tenho para contar...

timidamente coloca o cinto e diz para sí mesmo "vamos lá!mostra a tí mesmo que ainda sabes"...Começa o circuito, o seu corpo volta a falar consigo cada fibra muscular cada gota de suor...O reflexo da sua sombra no laranja pingado pelo suor da sua luta... Sem palavras para os demais num mundo parte...As veias pulsam o corpo sorri...De esforço em esforço apenas com palavras para pedir ajuda...o respirar fundo as contas o ruido dos pesos que se arrumam e 1h e 30 depois um rujido...o largar das mãos os halters que as completam e o sorriso quando olha o tapete e vê suas lagrimas seu suor a tensão...a certeza de cada musculo que hostenta...e o pensamento "fui vencido de novo por mim tenho que me esforçar mais" ...O hino toca de novo e a corrida sobre a passadeira para dar por terminado o dia...

De seguida pega num colchão vai para a sala de ninguem e sentado só no silencio de sí fecha os olhos concentra-se no seu corpo e respira fundo..regressa então e as pessoas sabem as pessoas percebem que agora já lhe podem falar...Muitos risos conhecimento de novas caras o lembrar de velhas historias e glorias...

E depois a agua sobre a nuca...como adoro ficar no nada sentindo em meu corpo correr a vida que cada pinga me trás...E 30 minutos depois de novo o reflexo de novo o espelho e o sorriso...

E foi assim que hoje reencontrei quem mais amo e de quem tenho andado esquecido... reencontrei-me a mim...Recomeça a minha caminhada a procura dos meus limites a procura do meu sorriso e mesmo que não teste ou não esteja apto para subir de novo as cordas...

Pelo menos voltei a estar em mim e isso faz com que tenha valido a pena...Já hoje numa altura do dia algo me fez sentir vivo e agora na noite, de volta ao meu tapete...Tenho a certeza que realmente estou vivo :)

Faz anos que não me sentia de volta, mesmo quando cá estive não estava aqui...E como disse alguém: "É incrivel hoje foi como se este espaço tivesse menos uma decada, ver te treinar fez me lembrar quando tudo era mais simples e eu ainda era pupilo e não treinador"

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Anotação...

"não ames nem odeis as tuas palavras pois isso fará delas o coração aberto ou a lagrima do ferro quente em batalha "

segunda-feira, 7 de abril de 2008

and in the end off the day

Alguma vez aconteceu chegarem ao final do dia e acharem-se perfeitamente otários, é esse o meu estado de espirito neste final de dia que dura a imenso tempo, e acreditem não me agrada nada...bom chegou ao fim por agora

"Quanto mais dás, mais sentes que não é o suficiente"


As vezes penso o que esperam as pessoas de mim ou de quem quer que seja... a vida de combate sem respiração que levo talhou-me como guerreiro e faz com que muitas vezes tente passar para lá do limite...Mas a que preço? Mas com que prejuizo?

Quanto mais dou em cada quadrante mais saiu da condição de "low profile" a que não perfenço mas por vezes gostava de pertencer...


Em cada combate saiu em gloria ou em furia...Já não me lembro quando saisse derrotado...

Mas será que ainda me lembro de quando saisse vitorioso?....


Tempo demais em braços e colocado num pedestal sem sentido...Mas se a vida é feita de ciclos e se a evolução é feita da passagem por todos eles...Fechemos mais um ciclo...


Hoje o Arcanjo com um sorriso e toda a felicidade de cada lança quebrada de gemido sussurado no ouvido...Do som de cada petala caida no chão...


Fecha um ciclo e fecha-se dentro dele o que quer dizer isso? Quer dizer que um combatente, não pode largar a arma sem combate nem ficar omisso na sua gloria...Um guerreiro levanta-se mesmo descalço e toma por caminho o seu destino a sua calçada a sua espada a sua pena....


Mas jamais pode ser rendido, mesmo quando sente que esperam do seu nada um tudo que cansou de inventar...


ps: De que é que eu estou a falar? Nem eu sei bem, mas acho que é de todas as omissões que em diferentes quadrantes da minha vida tenho tentado assumir...E da lição que tiro disto tudo...Por mais que fuja tenho de seguir a minha utopia de que a vida não nos faz mas somos nos que a fazemos...There Comes the round fight! :D

O milagre dos bifes que foram pizas num dia de chuva

Eu canso de dizer que os homens são istupidos (sim com um i), sendo eu um dos especimes que muitas vezes bate a estupides em km’s...Mas pronto mais uma vez chegamos a conclusão que realmente o homem não é capaz de fazer mais que uma tarefa de cada vez...

Hoje conto-vos como se faz um milagre de transformação de almoço em alguns passos basicos
1- Colocar a grelha ao lume para aquecer bem o almoço é bifinho grelhado...
2- Já que a grelha demora tempo a aquecer colocar sobre a mesa da cosinha o portatil, para que se possa começar a traçar uma tarde cheia de tarefas...
3- A grelha deve tar quente colocar o bife sobre a grelha e o arroz no tacho...
4- Já que tudo leva o seu tempo continuar a olhar po portatil enquanto o almoço se faz..
5- Entre a trovoada e a chuva cheira a esturro ou será queimadao...Ná nem eu sou estupido o suficiente para cair nessa continua-se de volta do papelinho quadriculado e do computador...
6- O cheiro intensifica...e pensa-se quem terá deixado queimar qualquer coisa...
7- O fumo começa a cobrir o ceu da cozinha ou será o nevoeiro lá de fora que veio ca para dentro...
8- Lembramos que estavamos a fazer o almoço...
9- Resultado brilhante: um bife totalmente nem sei categorizar o que é mas foi para o lixo para que não existam provas da carbonização...Uma cozinha pestilenta e uma nuvem de fumo e para terminar o ponto mais importante...
10- “Estou sim telepizza”
E este é o primeiro bife com sabor a pizza tropical que como e entrague pelo capuchinho vermelho e dentro de uma caixa e tudo...Só posso ser milagre para conseguir transformar um almoço apenas em 10 pequenos passos de estupides ,lol...
E o Arroz? Bem o arroz lembrei me dele abocado...mind note um homem só é capaz de fazer uma coisa de cada vez cabe a cada um perceber isso ou então vai-se fazendo milagres :D

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Frase solta

"Quido tens uma inteligencia emocional acima da media... sabes entender cada rosto cada toque...Sabes entrevir em cada olhar...És um mestre que não joga, porque sabes que é mais do que um jogo...Tens algo que sempre ouvimos falar mas que não sabemos se existe"

E alguém o afirmou num lounge por aí, numa mesa cheia onde se poisavam copos, esperanças palavras, olhares, mãos, telemoveis e experiencias...Mas a resposta do arcanjo é que: tudo o que tenho é apenas amar gente...Não sou eu que sou isto ou aquilo, é apenas o ser humano que é incrivel!

Algures um canto do II Circulo

"...Se na montanha tiveste névoa pela qual se visse não de outro modo que a toupeira tenha, como, quando ao vapor se diluísse a humaninade espessa de maneira que o sol já debilmente ali surgisse; e seja a tua imagem bem ligeira em alcançar de ver, como eu olhava, antes o sol que a seu deitar abeira De par cos passos fieis do mestre, dava os meus, e então saí das nuvens altas ao morto sol que ao litoral baixava(...)Move-se luz que foi no ceu formada , por si (...)Depois choveu nesta alta fantasia um crucifixo, despeitoso e fero, na sua visita, e tal já se morria..."
Excerto de um canto do II circulo o purgatorio da divina comédia de Dante Alighieri

É pá lembrei me hoje do purgatorio de Dante onde ele encontra o anjo da paz...não entendo porque é que as vezes nos dá para isto...Cada ser tem em si tudo para ser feliz, mas por vezes insistem em apagar a sua luz e chorar na lagrima dos outros...Por vezes são esses outros que não sabem ler, não sabem entender, não sabem adivinhar, ou será que são por vezes esses outros que apenas não sabem viver?

Independentemente disso por vezes gostava de ser o anjo da paz que fala com Dante por vezes gostava de largar a lança do combate e armar antes a palavra com o mimo que dá luz ao ceu...E iluminar esses debeis mentais que não entendem o valor de um momento que não sabem viver o seu e mandam para lá do raio do parta o dos outros...
Hoje lembrei que afinal tou no caminho certo pois não ando neste circulo...E voces olhares tristes que não caminhais com os vossos proprios pés lembrem que se vossas mães vos deram pés é para caminharem por vós mesmos :p...
A vida não tem e não deve ser um purgatorio basta que descubramos o nosso anjo da paz que não é mais que a nossa vontade...

sou um puto em busca do seu segundo a fazer do seu passo o seu sonho...E é isso que me afasta desse purgatorio o meu anjo da paz é o meu momento...Vivam o vosso ;) a vida não é um purgatorio!

terça-feira, 1 de abril de 2008

Mind note

Realmente tou a ficar velho e a perder qualidades e capacidades,q dizer a mim mesmo senao "habitua-te e aguenta" lol