big picture
O problema de quem vê a big picture em todas as dimensões das coisas é que não consegue ficar impávido sem intervir sem mexer.
Para além de que acaba por vê-lo sozinho.
Há os que nasceram para deixar a vida passar por eles e os que tem a capacidade ou carma de ver a imagem completa das coisas. Estes não conseguem deixar de intervir nem devem deixar de o fazer.
Embora a busca e o tomar de acção e assalto a vida por não se conseguir ser indiferente nem sempre seja compreendida.
Estes como eu vivem com o seu próprio tempo que nem sempre é o da maior parte das pessoas, e chegam a sofrer com isso pois nem sempre as pessoas entendem a sua necessidade de perfeccionismo. Pois quem vê num simples quadro a imensidão vê a implicação de fazer ou não fazer ser ou não ser, de fazer antes de tempo.
É necessário força para se ser assim sem medos e sem pontas soltas. Com um tempo próprio pois seu é o próprio tempo. E necessário calma para compreender a todos os que vivendo outros tempos não percebem os tempos que tem o tempo de cada um.
A vida não tem que ser perfeita mas os seres como eu não conseguem aceitar fazer o que for a não ser que seja próximo do bem feito e perfeito. E isso envolve fazer o incompreensível ou demorar a fazer o que outros fazem depressa.
É uma contemplação da vida que leva a uma vida difícil de entender por outros e que induz golpes fortes em nós quando não nos entendem. Mas ver a big picture é também saber compreender a razão dos outros e que de facto tem razão e esperar para que bem no fundo dos que mais amemos eles saibam que somos assim e que de certo alguma mais valia temos por o ser.
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