quinta-feira, 14 de maio de 2009

Com o Alcatrão como amigo

Hoje ao fim do dia acho que caí em mim…depois de poesia vivida de duvidas proferidas pela minha mente…e urros de impotencia da minha alma eu percebi que precisava me ouvir.

Em silencio no meu quarto procuro no roupeiro as calças de fato treino para correr, calço os tenis velhos companheiros de gloria e de duvidas…Camisola de carapuço roçada sobre a manga cava e o tronco e saiu a rua…Preciso ouvir o meu maior concelheiro preciso ouvir-me…Preciso sentir os porus da minha razão, o som das minhas duvidas os passos do meu orgulho…
É noite sou apenas eu e o alcatrão, passos surdos dados em corrida por cada beco do getto, um louco corre no meio da noite…Como companhia tenho o alcatrão…Sinto então o meu peito ouço a minha razão analiso sinto o meu corpo em cada respiração que mantenho ritmica para aguentar o peso da corrida solitaria…rasgando a noite levo as minhas duvidas as minhas certezas o meu passado o meu presente e uma escolha do que vou fazer comigo mesmo…

Até o mais nobre e forte combatente sabe que por vezes ha rounds que não pode lutar e tem de largar e deixar cair a toalha…Será que corro sobre este alcatrão para descobrir que um sonho morreu ou que ele nunca teve vontade de ser real?...

As pernas chiam mas os passos não cessam o ritmo não abranda e corro…Ouço meu corpo e meu peito e minha razão as minhas razões…1 hora depois regresso como um ferido da noite as pernas doem mas o que doi mais não se consegue observar…

Um acumular de situações um acumular de comportamentos um acumular de negações, uma sensação de falta de tributo que já não existam desculpas que possam justificar…fazem me sobre o duche continuar ainda a pensar..Esta noite durmo em paz com a paz de quem se cansou e a tristeza do guerreiro que provavelmente não aguentará muito mais tempo na trincheira…

Será que se esta corrida dada por mim em nome de mim vai acelarar aquilo que começa a ser inevitavel a partida que não é a escolha que gostava mas que o respeito próprio e o sabedoria do que ví me exige…Sem forças sinto me a fechar o livro e a deixar a página em branco não porque não tenha desejado escreve-la até ao final, mas porque sinto que está noite algo mais que o barulho dos meus passos sobre a noite se fez ouvir ao luar…

Amanhã é outro dia, mas o que levo daqui na corrida lado a lado tendo este alcatrão como amigo e todo o pulsar do meu corpo me faz pensar se esta noite se rasgou esta página.

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