quarta-feira, 8 de julho de 2009

O dia em que as muralhas ruiram

Para sobreviver e superar estigmas e medos, cada um de nós cria a sua própria zona de conforto…ergue um forte de protecção. E cria leis que o suportem na verticalidade faz cumprir essas leis mesmo quando elas já não nos servem nossos interesses…
Hoje chegou mais um dia que não calculei ou previ que chegasse…Por algo que não é importante agora, a racionalidade onde guardei as minhas leis e o sentir chocaram de frente envoltos no medo de insegurança de um homem comum que chumbou a pré selecção natural…
Quase alheado do mundo e com apenas um ser a conseguir me falar…O dia foi de pensamentos profundos de confronto entre o que é confortavel e o que é estar vivo…Entre a promessa feita a mim mesmo no passado e aquilo que quero…
No final do dia de um dia sozinho que mantenho sozinho até ao seu fim…a verticalidade que muitos acharam que não seria já mais vergada é quebrada por mim mesmo…Dou um murro na muralha que construí e destruo a zona de conforto onde me acolhi…pego numa borracha e apago os limites que marquei no chão…Abro então a porta grande que já estava semi aberta para a luz entrar…
Com receio mas com a certeza do que se guarda lá dentro, abro os braços e deixo me cair ao de leve sobre mim mesmo…quebradas todas as correntes das leis que criei que me protegiam de sofrer tiro realmente o coração para fora do peito pois é aqui que ele deve estar…
Volto a subir ao trapezio sem rede com as pernas a tremer na solidão das muitas perguntas e apenas uma resposta, abrindo os braços e deixando espaço para que se realize o que mais sonhei e o que mais temi…a porta ta aberta o trapezio a voar os braços abertos...O resto será vida a acontecer com medo mas sem fujir do que quero.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial