terça-feira, 12 de outubro de 2010

Arcanjo

Sou filho da tempestade, cruzado sem capa nem espada do vento
Sou feito de fogo e as veias ardem-me com a força de um momento
Gelo quando doi, ergo os punhos com a força de pés assentes na terra
Sou a paz que tem na inquietude toda a arte da guerra
Sou a luz e a treva, a rua escura embrulhada na fujidés de uma era
Sou homem que ama como chora, que luta como ora
Crente de Deus sem padre, senhor fechado nos muros da sua propria lei
Idiota crente no seu ego e entregue a maré do seu trono onde é rei
Amante treinado para ser guerreiro trovador sem verso ou poema
Canção só com um amor, escolha gravada no coração como um lema
Caminho de passos assentes nas nuvens procuro construir e viver proprio ceu
Mas sei abrir a porta do inferno onde vivem os demonios do ser meu
Sou a raiz da arvore em que habito sou a terra que lhe dá forma
E sou a vida a minha vida sem medo de peito aberto sem segredo
E as vezes doi e as vezes luto e as vezes caiu sem rede ou enrredo
Sou o beijo e a pedra, sou o sol e a treva
Sou apenas eu e ser eu é ser o que sou
Sei sempre porque vou, e sei ser sei dizer que estou
Preso a escolha e as escolhas eu escolho e quero ser escolha
Não sou o resto não sou a parte que sobra
Sou eu e ser eu é ser tudo o que sou
Cada ser é uma parte do universo em sí mesmo assim habito o meu assim sou eu

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